Mercado Livre de Energia: descubra como economizar em 2024

A partir de janeiro de 2024, o Brasil passará por uma grande mudança na contratação de eletricidade. É o Mercado Livre de Energia – ou Ambiente de Contratação Livre (ACL) – que possibilita que consumidores de alta tensão (acima de 2,3 kV) possam escolher seus fornecedores de energia, ao invés de serem obrigados a comprar das distribuidoras locais. 

Essa abertura do mercado de energia no Brasil é um processo que visa ampliar a liberdade dos consumidores. A mudança trará a possibilidade para que empresas e comércios consigam negociar preços e fazer contratos direto com os fornecedores de eletricidade.

Para as grandes empresas, isso é ótimo. Os custos de aquisição de energia são menores no mercado livre. Segundo um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), é estimado que a tarifa pode cair de 15% a 20% para quem migrar a partir de 2024. 

Além disso, esse novo cenário oferece outras oportunidades para grandes empresas, que podem aproveitar os benefícios do Mercado Livre de Energia. Entenda como essa transição pode impactar positivamente sua organização.

 

Quais foram as mudanças no mercado livre de energia?

O mercado livre existe no Brasil desde 1996, mas as regras para migração restringiam a contratação para grandes consumidores, no caso de fontes renováveis, com demanda acima de 1.000 quilowatts (kW) ou 500 kW— grandes indústrias como metalúrgicas, por exemplo. Em setembro de 2022, o governo federal publicou a portaria 50/2022, que permite a migração de todos os outros consumidores ligados em alta tensão. 

No momento, apenas consumidores do grupo A, conectados em alta ou média tensão, com faturas mensais médias acima de R$10 mil, podem aderir a esse mercado.

Com isso, indústrias, padarias, mercearias, pousadas e hotéis, além de bares e restaurantes poderão fechar contratos diretos com as empresas distribuidoras e geradoras a partir de janeiro de 2024. 

Para os consumidores em baixa tensão, – que são a maioria da população, como os residenciais e rurais – o mercado livre de energia ainda não é uma possibilidade, pois eles utilizam energia em um nível muito menor do que grandes empresas e, por isso, ainda terão que comprar da distribuidora local.

 

Benefícios do Mercado Livre de Energia

As empresas que entrarem nesse mercado poderão economizar até 30% de energia e, em alguns casos pontuais, até mais. Quem paga um valor menor pode ficar incentivado a consumir mais e, consequentemente, passar a produzir mais. 

Além disso, a possibilidade de negociar preços diretamente com o fornecedor de energia traz a oportunidade de customizar seu contrato conforme suas necessidades e pagar a conta de acordo com o seu consumo. 

Outro aspecto relevante é que as empresas que optarem por migrar para o mercado livre de energia não estarão mais sujeitas aos reajustes que as concessionárias aplicam nos consumidores em geral, pois negociarão diretamente com os fornecedores.

E os benefícios não se limitam apenas à economia. Um ponto relevante que ressalta o mercado livre de energia é a sustentabilidade para o setor. Para as empresas que decidem migrar para esse mercado, há a oportunidade de escolher e consumir energia elétrica exclusivamente de fontes renováveis, como energia solar e eólica.

Assim, o consumidor que optar ainda em 2024 pelo mercado livre de energia terá como resultado economia, segurança e sustentabilidade.

 

Crescimento do Mercado Livre de Energia

Em 2024, as distribuidoras de energia elétrica devem perder 5.301 clientes de alta tensão, que começaram a entrar no mercado livre. Só em janeiro, 2.195 consumidores devem migrar. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que estima a migração de clientes que consomem um total de 279,4 gigawatts-hora (GWh) de energia por mês. 

Vale destacar que os dados consideram a média de consumo nesse mercado até julho de 2023, segundo cálculo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). 

Esse consumo representa 1% da energia demandada mensalmente pelos consumidores no chamado mercado “cativo” ou “regulado” – que só pode comprar energia da distribuidora local.

Atualmente, o mercado potencial de consumidores livres é de 30.000 empresas. Com a abertura para empresas de alta tensão, esse número vai para mais 72.000. E, caso os consumidores residenciais sejam incluídos futuramente, o mercado pode crescer para mais de 80 milhões.

 

Como migrar para o Mercado Livre de Energia

Primeiro, saiba se sua empresa ou negócio é apto para migrar. Com isso, os assessores da M.i Capital podem te ajudar. 

Após isso, solicite a saída do mercado regulado à sua distribuidora, 6 meses antes do vencimento do contrato atual. Em seguida, faça a adaptação do sistema de medição e faturamento da sua empresa para corresponder às normas do mercado. 

Vale ressaltar que todo investimento feito nesse processo costuma retornar para você em até 3 meses, na economia feita com a conta de energia. 

Para orientações detalhadas e suporte especializado, entre em contato com os especialistas da M.i Capital, prontos para guiar sua empresa rumo às oportunidades do Mercado Livre de Energia.