O diagnóstico precoce e o início do tratamento adequado podem ajudar a evitar complicações graves e reduzir o impacto da doença
O Brasil vive um momento preocupante em relação à dengue. Ultrapassando 1,6 milhão de casos prováveis contabilizados até agora — início de março de 2024 — e, segundo o Ministério da Saúde, com estimativa de 4,2 milhões até o final do ano, o surto da doença pode alcançar um recorde histórico.
Com esse cenário em mente, precisamos reforçar quais são os cuidados essenciais a serem tomados, os sinais de alerta e as principais informações sobre a nova vacina Qdenga.
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Sintomas e cuidados
A dengue é uma doença viral e infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Seus sintomas podem variar de comuns a graves:
Sintomas comuns | Sintomas graves |
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Dor muscular | Hemorragias |
Dor de cabeça | Síndrome de choque |
Dor atrás dos olhos | |
Febre | |
Náuseas | |
Vômitos | |
Alterações na pele | |
Fadiga |
A desidratação é uma preocupação significativa em pacientes com dengue. A febre alta e os vômitos frequentes podem levar à perda rápida de líquidos, aumentando o risco de complicações. Portanto, a reposição de líquidos é crucial no tratamento da dengue. Em casos graves, a hidratação direto na veia pode ser necessária para restabelecer o equilíbrio hídrico do organismo e evitar complicações decorrentes da desidratação.
Ao surgirem os primeiros sintomas de suspeita de dengue, é fundamental buscar atendimento médico imediato, independentemente do estágio da doença. Ainda no grupo dos sintomas comuns, por exemplo, estes são alguns dos sintomas apresentados nas suas versões mais críticas:
- Dor abdominal forte;
- Sangramento pelo nariz, pelas fezes ou pelo vômito; e
- Vômitos frequentes que impedem a ingestão de líquidos.
Em crianças, os sintomas podem ser mais sutis, o que pode dificultar o diagnóstico precoce. É importante observar de perto os pequenos, pois um choro persistente, irritabilidade extrema e recusa alimentar podem ser sinais de alerta.
“Na dengue, a hidratação é realmente crucial. Quando a doença atinge um estágio mais avançado, os vasos sanguíneos acabam ficando bastante permeáveis, como se tivessem pequenos “buracos”. Com isso, há uma perda excessiva de líquido desses vasos, o que compromete a capacidade do sangue de transportar nutrientes para as áreas necessárias. Em casos mais leves de dengue, a hidratação também desempenha um papel fundamental, ajudando a controlar a desidratação e a fraqueza decorrentes da febre”, alerta a Dra. Monica Mendonça Lima, médica da família e comunidade e infectologista da Porto Saúde.
Atendimento e hospitais de campanha
Diante dos sintomas, é crucial procurar a UBS (Unidade Básica de Saúde) mais próxima.
E em um momento desafiador, como a suspeita de dengue, o beneficiário da Porto Saúde, por meio dos serviços Telemedicina 24h e Seu Clínico e Pediatra na Hora, também pode contar com nosso time de especialistas prontos para ouvir, orientar e cuidar de você e da sua família.
Além disso, a construção de hospitais de campanha em áreas estratégicas como Distrito Federal (DF), Belo Horizonte (MG), e Taubaté (SP), tem desempenhado um papel crucial no enfrentamento ao surto.
Essas instalações temporárias contribuem para desafogar a pressão sobre os sistemas de saúde regionais, permitindo o tratamento eficaz dos casos e garantindo o acesso a cuidados especializados.
Impacto e vacinação
Com maior incidência de casos prováveis no Distrito Federal e nos estados de Minas Gerais, Acre, Paraná e Goiás, o Brasil registrou até o momento, segundo o Ministério da Saúde, 467 mortes por dengue.
Para lidar com essa situação, a introdução da nova vacina Qdenga representa um avanço significativo. Autorizada para pessoas de 4 a 60 anos, o governo vai priorizar, neste momento, a imunização de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em municípios com mais de 100 mil habitantes onde a dengue é endêmica, conforme as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Prevenção e imunização
Para a Dra. Monica Mendonça Lima, especialista do Time Médico da Porto Saúde, “É fundamental ressaltar a importância do uso de repelentes como uma medida eficaz na prevenção da dengue. A aplicação regular desses produtos, especialmente em áreas endêmicas, cria uma barreira eficiente contra a picada do mosquito transmissor. Além das medidas já conhecidas como eliminação de focos de água parada, limpeza de caixas d’água, desentupimento de calhas e instalação de telas em janelas, o repelente se torna mais um aliado essencial na proteção contra essa grave doença”, finaliza a médica infectologista.
Diante do atual surto de dengue no Brasil, é vital ressaltar a importância das medidas preventivas. A realização regular da limpeza de caixas d’água, por exemplo, é uma ação essencial para eliminar potenciais criadouros do mosquito transmissor.
creditos: Porto Seguro.